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Por Jorge A.Queiroz e Silva Segunda-feira, 22/02/2021, 10h25 Fonte: Por e-mail - De Curitiba
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Imagem: Campanha da Fraternidade 2021 - CNBB
A Campanha da Fraternidade, de iniciativa da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é realizada de cinco em cinco
anos, desde 2000, de forma ecumênica. A deste ano está a cargo do Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), que contempla: Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, Igreja Católica Apostólica Romana,
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia
(Siríaca), Aliança de Batistas do Brasil, Igreja Betesda, Centro ecumênico de
serviços de Educação Popular.
Tenho observado, por meio de lives e pela mídia, que a Campanha da Fraternidade tem gerado polêmicas ideológicas.
Alguns membros do clero e alguns leigos católicos dizem ter constatado heresias
e boicotam o conteúdo da Campanha da Fraternidade 2021, cujo tema é FRATERNIDADE E
DIÁLOGO: COMPROMISSO DE AMOR, com o LEMA: "Cristo é nossa Paz: do que era
dividido fez uma unidade." (Ef 2,14ª).
Alguns parágrafos do texto-base da Campanha da
Fraternidade não são claros, a meu ver, e devem ser revistos, porém, no cômputo
geral, a proposta condiz com o pensamento da pessoa de Jesus Cristo.
A Campanha da Fraternidade denuncia intolerâncias e
preconceitos de indivíduos que vivem à margem da cidadania: povos tradicionais, jovens negros, mulheres, LGBTQI+, imigrantes,
entre outros.
A exemplo de Jesus, os cristãos são
convidados a escutar e a desenvolver a empatia. Compreender uns aos outros é a
chave da Paz!
A Campanha da Fraternidade denuncia falas negacionistas acerca da
Covid-19 e da ciência, denuncia as críticas negacionistas contra a Organização
Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU) no ataque à
pandemia.
A Campanha da Fraternidade denuncia a resistência
ao isolamento social, fundamental no combate à Covid-19, por parte do governo e
de parte significativa da sociedade, inclusive, com respaldo de determinadas
igrejas.
Ora, o Brasil vive a pior epidemia de sua história,
com quase 250 mil mortos, em menos de um ano, por causa da Covid-19. Estamos em
meio à uma segunda onda, que se vislumbra mais avassaladora.
O corpo humano é o templo do Espírito Santo e
merece zelo. Na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, 6:19, lê-se: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo,
que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?"
Parabenizo
ao CONIC por estimular o diálogo.
Jorge Antonio de Queiroz e Silva,
historiador, palestrante, professor.
O Parceiro da Literatura Nacional