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Por Jorge A.Queiroz e Silva Sexta-feira,26/07/2019, 20h10 Fonte: Por e-mail |
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Credito
da imagem:
Blog do Eliomar.
Sou nordestino, pernambucano de Recife, com
orgulho, e fui agredido na semana passada, por um político paulistano, radicado
no Rio de Janeiro, que adotou postura preconceituosa ao se referir aos (às)
nordestinos (as) como "paraíbas".
Esse termo, na sua concepção, está
relacionado à acentuada chegada de nordestinos, desde a década de 60 do século
passado, para o Sudeste.
Oriundos de famílias menos
favorecidas financeiramente, com poucos estudos, os "paraíbas" realizavam
trabalhos com menos atributos. Carlos Alberto Faraco, linguista e professor de
letras da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica: "O uso
pejorativo está claramente vinculado à migração dos nordestinos para o Sudeste.
Eram pobres e ficou aquela pecha de recusa a esse tipo de migrante."
A história do Brasil, a partir do
colonizador português, está entrelaçada com a história do Nordeste, pois, nessa
região, Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500, avistou as terras, onde,
na atualidade, está a cidade de Porto Seguro, no estado da Bahia.
Herdamos do Nordeste nomes
consagrados, em âmbito nacional e internacional. Exemplos: Castro Alves
(baiano), o "Poeta dos Escravos"; Rachel de Queiroz (cearense), romancista
social, aborda a luta do povo contra a seca e a miséria; Rui Barbosa (baiano),
jurista, exímio orador, profundo conhecedor da língua portuguesa e admirado
pela inteligência; Jorge Amado (baiano), escritor, com obras traduzidas para 49
idiomas e adaptadas para a televisão e o cinema; Graciliano Ramos (alagoano),
escritor que tratou, com maestria, as intempéries do Nordeste; os pernambucanos
João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, entre outros (as) nordestinos (as)
que nos encantam.
Jorge Antonio de
Queiroz e Silva, historiador, palestrante, professor.
Livros de todos os gêneros literários!